O regresso de D. Sebastião

À atenção da Galp e restante cartel

Preço do petróleo atinge valor mais baixo das últimas cinco semanas

Segundo o Público

"O preço do petróleo atingiu hoje o seu valor mais baixo das últimas cinco semanas, custando cada barril de crude um pouco acima de 68 dólares (53,2 euros) em Nova Iorque e em Londres.

A baixa do preço do petróleo está associada à divulgação, nos últimos dias, de indicadores macroeconómicos que identificaram uma redução do consumo a nível mundial, justificada pelos preços elevados a que atingiram os combustíveis. Se essa tendência internacional vier para ficar, prova-se que os consumidores não estão dispostos a pagar o combustível que consomem a qualquer preço e que, neste caso, a lei da oferta e da procura funcionou.

Há sensivelmente duas semanas, o preço do petróleo superou os 75 dólares (58,66 euros) por cada barril, o que levou os mercados a pensar que a meta dos 80 dólares (62,57 euros) ou mesmo dos 100 dólares (78,16 euros) seria atingida a prazo."

Resta esperar para ver como vai o cartel das gasolineiras reagir em Portugal, quanto e quando é que vão baixar o preço...

Afinsa

É incrível que os governos espanhol e português tenham reagido com quase indiferença a este problema, considerando-o um caso de polícia. É óbvio que é um caso de polícia, mas a questão é: como foi possível deixar que uma empresa, com esta dimensão, oferecesse um produto, sem qualquer controlo de qualquer espécie.

Que haja charlatões que enganem as pessoas através de venda porta-a-porta, por mailings, etc., é natural que o Estado não consiga controlar todos estes esquemas. Agora a Afinsa e o Fórum Filatélico eram duas grandes empresas, que vendiam produtos financeiros, baseados em bens tangíveis, selos, cuja avaliação dependia da mesma entidade que emitia os fundos. Ou seja, haveria sempre valorização, enquanto a evolução e crescimento do suposto valor filatético fossem controlados pela entidade emitente.

Bem sei que mesmo empresas cotadas em bolsa e "auditadas", veja-se a Enron, podem cometer fraudes e mascarar resultados através de actos ilícitos contabilísticos. No caso destas empresas filatélicas, estava-se mesmo a pedir uma situação como esta. E agora, quem vai explicar aos investidores menos informados, que estas empresas nunca poderiam ter existido, pelo menos sem um controlo da CMVM ou outra qualquer entidade externa...

Como é típico, vamos assobiar para o ar que não é nada connosco... e dizer que agora é que é, agora é que vamos legislar e estar atentos...

Barcelona

(Telmo A., Abril de 2006)

A cidade condal pode ser descrita nos dias de hoje com três palavras: Gaudi, Ramblas e Ronaldinho.

Guadi representa toda a arquitectura esplendorosa do movimento artístico Art Nouveau (Sagrada Família, La Pedrera, Palau e Park Guell, Casa Batló, entre outros). Representa a cultura efervescente que se sente e pulsa pela cidade. Aqui os museus estão quase sempre abertos (exceptuando na siesta), existe o MNAC e MACBA a Caixa Fórum, entre muitos outros. Depois há o Poble Español (uma villa do séc. XIII em ponto pequeno), o Montjuic imponente, o Tibidado, e por aí fora. Há teatro, exposições, teatro de rua, de tudo um pouco. A mistura de estilos de tempos históricos diversos, o gótico, o medieval, o modernista, com o desenho perfeito de uma cidade feita de quarteirões, tornam Barcelona numa cidade única.

As Ramblas são o símbolo de toda a actividade mais comercial, o comércio, o turismo, a gastronomia catalã, as lojas típicas. São as ruas principais que desembocam no Mediterrâneo, na zona de Barceloneta, dos restaurantes. A noite catalã é animada e preparada para todos os estilos, para todas as bolsas. Há ainda, tal como em todas as metrópoles, os bairros de imigrantes, principalmente da América do Sul, mas também o bairro muçulmano, com ênfase para a Rambla do Raval (comida, lojas e cheiros árabes).

Por fim, Ronaldinho simboliza o desporto, o futebol da equipa mais adorada da Catalunha, da equipa da moda, o FC Barcelona. O clube é a manifestação de sucesso de toda uma região. O FC Barcelona é também uma equipa única no panorama europeu devido ao ecletismo que anuncia e pratica, seja no futebol, no hóquei e no andebol. O FC Barcelona é também um cartão de visita de uma cidade deslumbrante e bem-sucedida.

A "recém"-autonomia é visível através da língua. O catalão ombreia com o castelhano. Aqui não há lugar para o inglês, o francês, o alemão. Quem vem de fora tem de falar castelhano. Não há sentimento de insegurança, qualquer que seja a hora do dia. Os transportes funcionam bem (melhor só em Praga) e permitem uma mobilidade apreciável.

Em suma, Barcelona é tudo o que Lisboa (ou até o Porto), embora numa outra escala, poderia ser.